
25 de novembro, dia da BAIANA de acarajé, patrimônio da BAHIA e do BRASIL. Um dia disse o poeta "quem chega na praça Viconde de Cayrú, olha pra cima o que que ver? Ver o elevador Lacerda que vive a subir e a descer. É o retrato fiel da BAHIA, baiana vendendo alegria, coisinha gostosa de comer - acarajé com camarão..."*. Quem chega à Bahia logo dá de cara com as baianas, com seus vestidos brancos, rodados, seus torços, colares e pulseiras e brincos e seus lábios sempre bem pintados.
Acarajé com caruru, vatapá e salada e camarão.
Donas das mãos mais abençoadas que produzem os melhores quitutes. No seus tabuleiros têm abará, acarajé, vatapá, caruru, mungunzá, cocada e bolinho de estudante (conhecido popularmente como punheta), tabuleiros encantados e cantados. Caymmi já o cantou, "no tabuleiro da baiana têm...". Mas o quê que a baiana têm afinal?
Tem beleza e segredos. Amores e mistérios. Que ver?
Quem já leu em jornal, ouviu na rádio ou viu em programa sensacionalista de TV a notícia "baiana de acarajé é assaltada"? "Roubaram o tabuleiro da baiana"? Nunca vi.
Aliás, nunca vi baiana de acarajé assaltada, enterro de anão e filho de prostituta chamado Júnior.
São mistérios do tabuleiro das baianas.

Salve baianas, donas de casas. Pais e mães de famílias. Donas das melhores e mais gostosas gargalhadas. Ouvintes de histórias, problemas e desabafos. Ao lado do tabuleiro delas sempre senta alguém, para rir e comer acarajé; contar problema, pedir conselho, chorar e comer abará.
Sim, são patrimônios. Sim, são dignas de respeito. Nem ladrão mexe com baiana. Sim, é do seu tabuleiro que sai o pão e o feijão que sustenta famílias inteiras.
Salve as quituteiras negras!
Salve as BAIANAS em que suas casas nasceram sambas e bambas!
Salve as BAIANAS e seu dia!
Êya BAIANAS!!!
* Trecho de uma música de Riachão.
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